quarta-feira, 17 de abril de 2013

Mãe



 
      Voz que me ajuda a acordar esperanças quando elas ficam com preguiça de levantar.
 
 
é maciez pra minha alma quando a vida se faz áspera e quando não. Um lugar de conforto, onde eu posso ser. Amor, quando as minhas folhas caem e quando floresço. A mesa sempre posta, até quando sinto fome apenas de lembrar quem sou.
 
 
Sente a emoção da vez, antes da minha voz. Sente quando omito alguma coisa, por mais sofisticados que sejam os meus disfarces. Sente a atmosfera da minhas palavras, antes que eu consiga ou resolva dizê-las.
 
Ela não me conhece assim porque é versada em psicologia.
 Minha mãe é versada em mim, desde quando eu ainda nem era eu direito.
 
 
Parece ser especialista em previsões climáticas. Chove, quando não lembro do chapéu e ela diz pra eu não esquecer.
Faz um frio absurdo, de repente, quando não levo o casaco e ela diz pra eu levar.
 
 
costumava cantarolar, lá na cozinha, enquanto preparava o almoço. Nunca soube se era também por isso que a comida ficava tão gostosa e tinha um cheiro que eu não encontro
em nenhum outro lugar
 
 
Primavera para o meu olhar, não importa qual seja a minha estação.
 
 
Minha mãe cantou para me fazer adormecer.
 
Lá pelos sete anos de idade, no início daquilo que chamavam de "primário", eu escrevia frases curtas que me pareciam enormes, recém-alfabetizada que era. Vocabulário restrito, para falar sobre a minha mãe, escrevi várias vezes tudo o que eu podia:
 "Minha mãe é bonita".
 
Atualmente, tenho muito mais do que sete anos e, ao longo das décadas, aprendi a escrever frases mais elaboradas, mas esta continua sendo perfeita.
 



 
Para os meus olhos, as belezas que ela tem são ainda maiores, bem maiores, agora, olhando daqui!...

 
                        

 
 
Fotos: NOÉIS
Texto: Ana Jácomo
 
Vem aí:
Dia das Mães com os NOÉIS!
 
Acompanhe...você vai se emocionar!
 
 
 




 
 
 

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